Jornal Legendário: 1ªed./2013: Centenário de Rubem Braga

100 anos de uma estrela

Por Gabrielle Martins Duarte Gomes (1801) e Rafaela Silva Moraes (1802)

“Talvez não mereçamos imaginar que haverá outros verões; se eles vierem,

nós os receberemos obedientes como as cigarras e as paineiras”

(Rubem Braga).

Nesta edição, estamos comemorando o centenário de Rubem Braga, repórter, redator, editor, e, principalmente, cronista – talvez o mais lírico e subjetivo entre os escritores brasileiros do gênero. Para homenageá-lo, os professores de Língua Portuguesa, irão ler contos do autor em sala de aula. Agora, nós do Legendário, iremos falar mais sobre o autor. Ainda estudante, aos seus 15 anos, no Correio do Sul, de Cachoeiro do Itapemirim, Rubem, iniciou sua carreira no jornalismo profissional, fazendo reportagens e assinando crônicas diárias no jornal Diário da Tarde. Formou-se em bacharel pela faculdade de direito de Belo Horizonte em 1932, mas não exerceu a profissão. Neste mesmo ano, cobriu a Revolução Constitucionalista deflagrada em São Paulo, na qual chega a ser preso. Foi para Recife, e lá, dirigiu a página de crônicas policiais no Diário de Pernambuco e, ainda nesta mesma cidade, fundou o periódico “Folha do Povo”. No ano de 1936, lançou seu primeiro livro de crônicas “O Conde e o Passarinho”, e fundou em São Paulo, a revista “Problemas”, além de outras. Durante a segunda guerra mundial, atuou como correspondente de guerra junto com a F.E.B. (Força Expedicionária Brasileira).

Rubem Braga nasceu no dia 12 de dezembro de 1913, em Cachoeiro do Itapemirim, cidade a 134 km de Vitória (ES), e faleceu no dia 19 de janeiro de 1990, aqui mesmo, no Rio de Janeiro (RJ), e se estivesse vivo, estaria comemorando seu centenário. Considerado por diversos críticos um mestre de poesia em prosa, Rubem escreveu muitas obras de sucesso, tais como: “O Conde e o Passarinho” (1936), “O Morro do Isolamento” (1944), “Ai de Ti, Copacabana” (1984), “Pecado de Primavera” (1984), “Aventura” (1999), entre outros.